Reis e Sacerdotes

Reis e Sacerdotes

"E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém." (Apocalipse 1: 6)

Sacerdote nos tempos do antigo Testamento, era aquele designado por Deus para abençoar o povo, fazer sacrifícios para a purificação dos pecados dos mesmos, interceder...

Depois da lei instituídas por Moisés, o sacerdócio só seria permitido vir da linhagem de Arão; assim, nos dias do Novo Testamento poucos foram os que deram credibilidade ao Ministério de Jesus, pois ele não vinha desta linhagem.

Adentrando no livro aos Hebreus, notoriamente nos deparamos com uma verdade fundamental estabelecida desde os primórdios da história da fé no mundo:

"Tu és sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque".

Os textos bíblicos do tempo posterior à monarquia (livro das Crônicas) distinguem entre os dois papéis, aquele de rei e de sacerdote, sobretudo quando condenam o fato dos reis desejarem para si o papel de sacerdotes, função que cabia aos descendentes de Araão (2Cro 26,16-20). Outro elemento que nos obriga a separar as duas funções é o fato que, no período da monarquia, em Israel os reis eram ungidos, isto é, consagrados, enquanto que os sacerdotes não eram. Tais consagrações mostravam a relação privilegiada do rei com Deus, que fazia do rei o responsável do culto, mas não pode ser confundida com a ‘consagração sacerdotal’. Na verdade, repetindo, mesmo se em ocasiões especiais, como chefe de estado, o rei presidia as funções, mas isso não quer dizer que ele exercitasse a função sacerdotal. Tal função era dada exclusivamente a um sacerdote verdadeiro (2Re 16,15). Portando, é evidente que na Bíblia não existe rei e sacerdote ao mesmo tempo, com uma EXCESSÃO: Melquisedeque, de quem se fala em Gênesis 14,18-20. É uma figura misteriosa, reinterpretada no Salmo 110,4 e, no Novo Testamento, na carta aos Hebreus (capítulos 5 – 7).

E o que isso tem a ver comigo?

Ora, Jesus nos chamou primeiramente para uma relação muito mais profunda e intima com Deus que jamais poderíamos imaginar; ser sacerdote do Senhor em meio a uma geração má e incrédula é uma bênção para qualquer nação e para qualquer família. Isto quer dizer que qualquer pessoa que tenha um relacionamento e verdadeiro encontro com o Senhor, pode, desde já, exercer o ministério de poder levar os seus familiares diante do Altíssimo e os seus descendentes, serão visitados com benevolência durante gerações (Salmo 112:2)

Há algum tempo atrás conheci uma mulher que vivia totalmente amargurada devido à morte de seu filho; ela me contava que passou anos orando na igreja para que o Senhor o salvasse e o conduzisse à igreja para louvá-lo. Um dia o rapaz saiu com um grupo de amigos e repentinamente morreu afogado em uma praia. Aquela senhora passou a sofrer pensamentos terríveis por pensar que a alma de seu filho perecia horrores no inferno.

Quando ela me contou com pesar e lágrimas nos olhos, passei também a visualizar aquele jovem, a mesma voz que aquela senhora estava ouvindo, passou a cochichar também me meus ouvidos. Comecei a imaginar a angustia na hora da morte e mais ainda, a angustia daquela jovem mãe, pois estava indo na igreja tão somente para cumprir um ritual e não mais por amor e devoção ao criador.

Durante este período estava fazendo uma semana de treinamento no Corpo de Bombeiros e ali, estávamos aprendendo como salvar vidas nas horas de angustias que beiravam a morte; naquele momento me veio um raio de luz e comecei a indagar-me?

-Estes homens que aqui estão, que segundo a Bíblia tem intentos maus, alguns não respeitam suas esposas, outros, os próprios pais, ou pior, odeiam pessoas que muitas vezes torcem pra outro time de futebol e/ou tem lado político oposto; sim, estes homens estão aqui treinando para salvarem vidas, pois sabem que o maior bem que uma pessoa pode ter, certamente é a vida, se eles se preocupam tanto para salvar, imaginem o Deus de Amor.

Neste instante me veio na mente a pergunta Bíblica: “Tenho eu algum prazer na morte do ímpio? Diz o Senhor Deus. Não desejo antes que se converta dos seus caminhos e viva?” A resposta a esta indagação se encontra no último versículo do capítulo 18 do livro do Profeta Ezequiel: “Pois não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus.”

Verdade.

Quando as coisas acontecem de forma contrária a nossa, começamos a ouvir vozes que nos fazem duvidar do poder de Deus. Aquele que diz: Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa (Atos 16:31), deve receber todo o crédito por parte de nossos pensamentos. As pessoas costumam a querer dar ordens a Deus, dizendo querer repentinamente a conversão de filhos, maridos etc.

E quando uma pessoa pentecostal consegue obter a conversão de um filho em igreja tradicional, logo começam a dizer: Senhor faz a obra completa, tirai-o da “geladeira”...

Quando é uma tradicional que vê o marido convertido em uma igreja pentecostal logo diz: “Precisa fazer tanto barulho para orar? Deus não é surdo, tá ficando louco? Assim conflitos começam a surgir no meio familiar por causa das diversidades das práticas religiosas de cada um.

Deus está muito mais além daquilo que pedimos e/ou pensamos, Ele é Deus.

Quando Ele visitou Abraão e anunciou a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, Abraão começou a indagá-lo sobre inúmeras hipóteses, mas não foi específico a respeito de seu sobrinho Ló. Mas Deus conhecia o intento de seu coração e mesmo Abraão não verbalizando o seu intento, Deus salvou o seu sobrinho daquele inferno de fogo e enxofre.

Assim ele nos fez sacerdotes, para elevarmos os nossos familiares e amigos diante dEle a todo e qualquer momento, não duvidando, mas como reis, tomando posse de sua palavra que é soberana. Quando partilhei as minhas descobertas com aquela senhora que havia perdido o filho, ela começou a vislumbrar a amplitude da graça de Deus, ela sonhou com o filho se afogando, mas desta vez, ela tinha paz, pois logo abaixo daquelas águas, ela começou a ver uma enorme pedra, na qual o seu filho descia os pés e descansava.

Cristo é a rocha, a pedra de esquina, quem for levado a ele não será rejeitado.

Inúmeras pessoas hoje sofrem por dar ouvidos a uma voz que as fazem duvidar do poder salvador de Deus, que não tem prazer na morte de ninguém. O apostolo Paulo chegou a dizer que o amor de Cristo o constrangia, por ver em Cristo, a amplitude máxima do amor de Deus, que está salvando a todo instante e a todos os momentos, por mais que muitos de nós somente possamos enxergar a salvação, dentro das quatro paredes de uma igreja.

“Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados; E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados. E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.” Hebreus 5

“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Hebreus 4:14-16

Nesta fé, prossigamos sempre confiantes em Deus que ouve e atende as nossas orações, quando alguns discípulos chamaram Jesus à parte e sugeriram: Senhor, quer que oremos e peçamos para descer fogo do céu para consumir estes que não lhe recebe?”

Jesus os repreendeu dizendo: Vocês não sabem de que espírito são feitos.

Ele veio para salvar e nos fez reis e sacerdotes assim como ele para proclamarmos salvação, cura e redenção no Seu nome. Sem duvidar, sem vacilar..., crendo, pois sua palavra é soberana.

"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz".  1 Pedro 2:9

Sua graça nos basta!

Fabrício Ribeiro