2 Coríntios 12:9

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.2 Coríntios 12:9



terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Bíblia é um livro Maravilhoso

A Bíblia é um Livro Maravilhoso

1. - A Bíblia é verdadeira
2. - A Origem da Bíblia
3. - A Profecia Messiânica

1. - A Bíblia é verdadeira
         Sem dúvida, a Bíblia é um Livro notável e divinamente inspirado. Ela é, indiscutivelmente,  o maior bestseller do mundo, em todos os tempos, com incontáveis bilhões de cópias impressas.  Uma única organização distribuidora de Bíblias registrou a entrega de 627 milhões de exemplares, no mundo inteiro, em apenas um ano (United Bible Societies, 1999).

         A Bíblia é uma compilação de 66 livros, escritos num período de 1.600 anos,  por 40 autores diferentes, com uma variedade de ascendência familiar e social, desde o camponês humilde até os reis nobres. Os 66 livros estão divididos em Velho Testamento (39 livros) e Novo Testamento (27 livros).

A Bíblia foi completada há (aproximadamente) 2.000 anos e permanece até hoje como a obra literária mais bem preservada, com cerca de 24.000 manuscritos do Novo Testamento (descobertos até esta data), enquanto que a segunda obra literária antiga mais  preservada, a Ilíada de Homero, tem apenas 643 manuscritos conhecidos até hoje.

A Bíblia é verdadeira, tendo sido escrita por inspiração divina. Realmente, ela é o que afirma ser, conforme está meridianamente declarado na 2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

         A Bíblia não é o único livro que afirma ter inspiração divina; contudo, ela é o único livro a oferecer uma substancial evidência no sentido de apoiar esta declaração. Ela chega ao ponto de desafiar os seus leitores a que estes a examinem: “Examinai tudo e retende o bem” (2 Tessalonicenses 5:21).
        A Bíblia é verdadeira e sem dúvida a maior evidência de sua veracidade está nas profecias, que ela apresenta no Velho Testamento, as quais se cumprem no Novo Testamento. Nenhum homem é capaz de prever com exatidão o que vai acontecer no futuro e a profecia é uma razoável indicação sobrenatural da inspiração da Bíblia. Ela contém mais de mil profecias inspiradas. O cumprimento da vasta maioria dessas profecias pode ser comprovado pela história secular. Por exemplo, a profecia de Ezequiel 26:1-6 sobre a cidade de Tiro, capital da Fenícia, foi cumprida em detalhes. Nabucodonosor saqueou Tiro, transformando-a numa “penha escalvada”, a qual, algum tempo depois, seria apenas um “enxugadouro de redes” (versos 2-14). Mais tarde, Alexandre o Grande liderou uma coalizão de nações e completou a destruição de
 Tiro (General History for Colleges and High Schools, Boston, Gin & Co., p.55).
         A profecia não é simplesmente um fenômeno da antiguidade. Ela tem-se cumprido e continua se cumprindo diante dos nossos olhos, ainda hoje. Vamos considerar a Nação de Israel. Os judeus haviam se tornado “menos em número do que todos os povos” (Deuteronômio 7:7), sem uma pátria, sem liberdade, servindo como escravos no Egito. Naquele tempo, o Egito era a nação mais poderosa do mundo. Mesmo assim, por causa da promessa divina feita, séculos antes, a Abraão, a Isaque e a Jacó, Deus resgatou os israelitas do seu cativeiro, “com mão forte e braço forte estendidos, e com grande espanto e com sinais e milagres” (Deuteronômio 26:8). 

        O Senhor Deus de Abraão, Isaque e Jacó deu aos judeus uma pátria e com eles fez uma aliança, confiando-lhes a Bíblia. Israel foi a nação separada por Deus para dar testemunho ao mundo. Contudo, ela virou as costas ao seu Criador. Sua história, bem como a do mundo inteiro, só tem mostrado rebelião contra Deus. Os judeus iriam se rebelar continuamente contra o seu Deus, atraindo contra eles a ira divina. Eles, então, se arrependiam de sua rebeldia, vestindo panos de saco e se voltando para o Senhor. Em seguida, o povo caía novamente no pecado de rebelião e isto foi se repetindo por muitos anos, até que o Senhor enviou nações contra Israel (conforme havia feito, antes, com Tiro), expulsando os judeus de sua terra.

        Mais tarde, os judeus cometerem o imperdoável pecado de não aceitarem o Messias Jesus Cristo, o Filho de Deus, por Ele  enviado, e, deste modo, o seu destino foi lacrado.

        No Ano 70 d.C., as legiões romanas invadiram Jerusalém, dominaram os judeus e os dispersaram pelo mundo inteiro, banindo-os de sua terra natal. Os judeus se tornaram um povo apátrida e isto continuou por quase 1.900 anos.  Mesmo assim, Deus havia prometido aos judeus que iria removê-los de sua terra, por causa da rebeldia, mas iria também permitir que eles conservassem a sua identidade, mesmo sendo apátridas. Todas as nações que perderam suas terras e foram espalhadas por outras, perderam a identidade, dentro de alguns séculos, exceto os judeus. Estes permaneceram, miraculosamente identificados, até o seu retorno a Israel, em 1948.

A Bíblia é verdadeira e isto tem sido confirmado pela Arqueologia. Ela não apenas profetisa miraculosamente o futuro, como ainda narra o passado distante com muita precisão. Neste caso, a Arqueologia tem sido uma fonte de grande comprovação da veracidade da Bíblia. No clássico tratado de Josh McDowell sobre as evidências históricas que têm comprovado a veracidade da Bíblia, o renomado Arqueólogo Nelson Gluck é citado dizendo: “Deve ser categoricamente declarado que nenhuma descoberta arqueológica pôde, até hoje, entrar em controvérsia com a referência bíblica” (McDowell, 1979, p. 75).
Vejamos a narrativa do Êxodo dos israelitas, quando eram escravos no Egito.

O faraó do Egito perseguiu os israelitas, com os seus carros, cercando-os no golfo de Aqaba (Mar Vermelho). Miraculosamente, Deus dividiu as águas do Mar Vermelho, permitindo que o Seu povo ali passasse a pé enxuto. Quando, porém, os egípcios os perseguiam pelo mar dividido, as águas voltaram a se juntar e os exércitos egípcios pereceram afogados. Ora, os arqueólogos descobriram uma porção de evidências, na fronteira do Mar Vermelho, como, por exemplo, rodas antigas de carros cobertas de corais, comprovando, assim, a veracidade da narrativa do Livro de Êxodo. (Exodus Revealed, vídeo documentário, da Discovery Media Productions).

A Bíblia é verdadeira porque os seus autores eram homens de rara integridade, todos eles inspirados por Deus.  Vejamos, por exemplo, o evangelista Lucas, o qual escreveu aproximadamente ¼ de todo o Novo Testamento. Ele é considerado um dos maiores historiadores da antiguidade. O Dr. John McRay, professor de Novo Testamento e Arqueologia em Wheaton, Illinois, explica: “O consenso geral, tanto dos eruditos liberais como dos conservadores, é que Lucas é um historiador muito exato. Ele é erudito, eloquente, e o seu Grego se aproxima do clássico; ele escreve como um homem erudito e as descobertas arqueológicas têm sempre comprovado a exatidão de Lucas em suas narrativas”. (John McRay, citado por Lee Strobel na obra “The Case for Christ”, Zondervan, 1998, p.129).

Sir William Ramsey, um dos maiores arqueólogos do tempo moderno, declarou que “Lucas é um historiador de primeira classe”. (Sir William Ramsey, “The Bearing of Recent Discovery on the Trustworthiness of the New Testament”, 1915, p. 222).
Consideremos, agora, o martírio de muitos dos autores do Novo Testamento.  Conforme as fontes e as tradições extrabíblicas, muitos sofreram mortes brutais e terríveis, em defesa dos seus testemunhos. De fato, todos eles, menos um (o Apóstolo João, que foi exilado em Patmos, por ordem do Imperador Tito), foram executados por proclamarem e defenderem os seus testemunhos. 

O martírio dos cristãos não é uma exclusividade. Muitas pessoas, através da História, têm morrido, voluntariamente, em defesa de suas crenças. O que torna especial o martírio dos autores do Novo Testamento é que eles, de fato, conheciam a VERDADE e suas crenças eram absolutamente corretas. Os terroristas colocam bombas ao redor do corpo, matam pessoas inocentes e morrem por uma [falsa] religião aprendida dos seus antepassados. Por sua vez, os autores do Novo Testamento foram testemunhas oculares (ou discípulos) dos eventos por eles registrados...  E enfrentaram mortes violentas, nas mãos dos seus perseguidores, embora tivessem tido a chance de renegar suas declarações [N.T.: o que jamais fizeram, preferindo a morte]. Eles nada teriam a ganhar e tudo a perder, do ponto de vista humano...

Quem estaria disposto a morrer por uma mentira? [N.T.: Você, meu leitor, daria a vida por amor aos OVNI’s?]

A Bíblia é verdadeira - Julgue você mesmo. Para quem não acredita que Deus tenha inspirado a Bíblia, como podemos lhe explicar esta verdade? Qual a razão que essas pessoas têm para rejeitar a revelação divina do Livro santo, o qual comprova a Divindade de Jesus Cristo do primeiro ao último Livro? Paulo responde: “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.

         Que todos os que lerem este texto permitam-se abandonar suas divagações filosóficas, e comecem a examinar, objetivamente, os fatos narrados na Bíblia, por inspiração do Espírito de Deus.

2. - A  Origem da Bíblia
        Para muitos, a origem da Bíblia pode ser assim resumida: “Uma simples tradução da interpretação de uma tradição oral... Portanto, um livro de lendas, que não merece credibilidade alguma com respeito aos textos originais”. Infelizmente, esta declaração é feita por pessoas incrédulas e até mesmo por muitos que se autodenominam cristãos.
         Traduções bíblicas como a Versão Autorizada de 1611 da Bíblia King James procedem de cópias de manuscritos antigos, tais como o Texto Massorético (Velho Testamento) e oTextus Receptus (Novo Testamento), os quais não são “traduções de textos traduzidos de outras interpretações. Algumas das diferenças principais entre as traduções hodiernas da Bíblia relacionam-se ao modo  pelo qual os tradutores interpretam uma palavra, ou uma sentença da língua original da fonte textual. (Hebraico, Aramaico e Grego).

A confiabilidade dos manuscritos antigos - Outro desafio à origem da Bíblia é o da confiabilidade dos manuscritos antigos, dos quais as várias versões têm sido traduzidas. Existe uma ampla evidência da confiabilidade dos manuscritos [supracitados]. Existem mais de 14.000 manuscritos e fragmentos do Velho Testamento, que foram copiados nas regiões do Oriente Médio, do Mediterrâneo e da Europa, os quais concordam perfeitamente uns com os outros.

Os Pergaminhos do Mar Morto, descobertos em Israel nos anos 1940 e 1950, provêem também uma fenomenal evidência à confiabilidade da antiga transmissão das Escrituras judaicas (VT), antes do nascimento de Jesus Cristo. Os escribas judeus que copiavam as Escrituras dedicaram suas vidas à preservação da exatidão dos livros sagrados. Estes escribas iam a extremos, no sentido de garantir a confiabilidade dos manuscritos.  Eles eram altamente treinados e meticulosamente observados, devendo comparar cada letra, palavra e parágrafo manuscritos com o pergaminho que estava sendo copiado. Bastava um simples erro para que todo o texto fosse destruído e o trabalho recomeçado. [N.T.: Nesse tempo não havia a possibilidade de um “delete”, a fim de apagar o erro e voltar a escrever corretamente].

        A evidência do manuscrito para a composição do Novo Testamento é enorme, com um grande número de cópias e fragmentos conhecidos, os quais chegam a mais de 5.300 do original grego, dos quais, cerca de 800 foram copiados nos séculos II e III, às vezes com um lapso de tempo decorrido entre os autógrafos originais e as primeiras cópias de apenas 60 anos. Esta evidência dos manuscritos subrepuja em muito a confiabilidade de outros escritos seculares antigos, os quais são considerados autênticos em nossos dias. Vejamos alguns deles:

The Gallic Wars, de Júlio César, com apenas 20 manuscritos existentes, com o mais antigo, datando de 1.000 anos, após o autógrafo original.
         Younger’s History, de Plínio, com 7 manuscritos, datando de 750 anos, após o manuscrito original.
         “History”, de Trucídides, com 8 manuscritos, datando de 1.300 anos.
         “History”, de Heródoto, com 8 manuscritos, datando de 1.300 anos.
Sófocles, 193 manuscritos, datando de 1.400 anos.
Eurípedes, com 9 manuscritos, datando de 1.500 anos.
Aristóteles, com 49 manuscritos, datando de 1.400 anos.

A Ilíada de Homero, o mais famoso livro da Grécia antiga, tem 643 cópias de manuscritos como apoio. Nessas cópias, existem 764 linhas disputáveis, enquanto em todos os manuscritos do Novo Testamento, existem apenas 40 linhas (Norman Geisler & William E. Nix, “A General Introduction of the Bible”, Moody, Chicago, revisado e ampliado em 1986, p. 367). De fato, muitas pessoas desconhecem o fato de que cada uma das 37 peças teatrais de William Shakespeare (escritas nos anos 1.600) possui lacunas nos manuscritos sobreviventes, tendo forçado os eruditos a “preenchê-las”.  Isto é NADA, comparado com as mais de 5.300 cópias de fragmentos do Novo Testamento, as quais, quando reunidas, dão a garantia absoluta de que nada foi perdido. A verdade é que o Novo Testamento, exceto por 11 versos, pode ser reconstruído a partir (dos escritos/citações) dos antigos pais da igreja, nos séculos II e III (Ibid, p. 24).

O Poder da Profecia no sentido de mostrar a confiabilidade da Bíblia - A origem da Bíblia é divina. Ela é um livro histórico, totalmente apoiado pela Arqueologia e também um livro profético, cujas profecias têm-se cumprido à risca, até os dias de hoje. A Bíblia é a carta de Deus para a humanidade, com os seus 66 livros escritos por 40 autores divinamente inspirados, durante 1.600 anos. A afirmação da inspiração divina pode parecer ilusória [N.T.: nada realista para os incrédulos, alguns dos quais posando de líderes cristãos]; porém, um estudo cuidadoso e honesto das Escrituras pode comprovar esta verdade.

A Bíblia tem comprovado sua autoridade divina através de centenas de profecias cumpridas. Espantosamente, nenhuma delas comprovou falsidade alguma. A verdade é que Deus usou a profecia como uma comprovação da autoria divina da Bíblia, o que pode ser visto num estudo criterioso da mesma. Os cépticos deveriam indagar a si mesmos: “Será que a indústria do jogo iria existir, se as pessoas pudessem prever o futuro?” Ora, nenhum outro livro sequer se aproxima da Bíblia na quantidade de evidências no sentido de prever o futuro, o que apóia a sua credibilidade, autenticidade e autoria divina.
As contradições encontradas na Bíblia - As supostas contradições (e erros) encontrados nas edições modernas da  Bíblia têm sido a principal barreira intelectual para muitos cépticos. É impressionante como tantos críticos se referem à “lista” de contradições, ao mesmo tempo em que rejeitam a Bíblia, mesmo sem jamais terem lido, criteriosamente, uma versão confiável da mesma. Claro que, se a Bíblia contém erros, isto deveria mostrar  que essas partes da Escritura não poderiam ter provindo da inspiração divina. Contudo, é mais fácil acusar o LIVRO de erros e contradições, do que se aprofundar no estudo do mesmo, a fim de descobrir como é difícil comprovar erros na Palavra de Deus.

Uma questão de definição e análise - As “contradições” da Bíblia precisam ser analisadas sob as regras tradicionais da lógica e da razão. À primeira vista, uma determinada escritura pode parecer contraditória em relação à outra. Contudo, uma investigação adicional pode revelar algo diferente. Antes de tudo, os cépticos sinceros deveriam concordar com a definição da palavra “contradição” e com a “Lei da Não Contradição”. A “Lei da Não Contradição”, que é a base de toda a racionalização lógica, determina que algo não pode ser  “a” e “não a”, ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Por exemplo, não pode ser dia e noite, ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Ora, se uma escritura bíblica viola esta lei, então uma contradição terá sido estabelecida. Contudo, baseando-se na mesma lei, duas declarações podem diferir, sem que se tornem contraditórias. Vejamos a seguir:

         Uma testemunha arrolada num tribunal do júri pode testemunhar que viu duas pessoas na cena de um crime, digamos João e José. Outra testemunha pode afirmar que viu apenas José. Estas duas declarações não chegam a ser contraditórias e até podem ser complementares. Pois esta é a natureza de algumas das supostas contradições na Bíblia. Em Mateus 9:27, lemos que Jesus curou dois cegos. Já, em Marcos 8:22-26 e Lucas 18:35-43, lemos sobre apenas um homem cego encontrando Jesus. Em Mateus e Marcos, lemos que Jesus foi orar sozinho, três vezes, no Getsêmane; enquanto em Lucas, lemos que Jesus foi orar “numa ocasião”. Sob as regras da evidência da “Lei da Não Contradição”, estas escrituras não são contraditórias e, mesmo assim, elas fazem parte da infamante lista dos cépticos.

Uma questão de tradução e de contexto - Algumas “contradições” bíblicas assim aparecem apenas em razão de algumas passagens intricadas da tradução bíblica. Uma análise das línguas originais da Bíblia (Hebraico para o VT e Grego para o NT) pode resolver muitos itens aparentemente contraditórios. Isto não difere de qualquer revisão textual de outro material de tradução. Todas as línguas (inclusive o Hebraico e o Grego) possuem limitações especiais e nuances que dificultam a tradução. O contexto histórico da tradução também pode causar algum erro na compreensão. Vamos ver um exemplo:
        No Livro de Atos, temos duas narrativas sobre a conversão de Paulo, na estrada de Damasco. Em Atos 9:7, lemos: “E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém”. Já em Atos 22:9, lemos: “E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito, mas não ouviram a voz daquele que falava comigo”. À primeira vista, estas duas narrativas parecem contraditórias. Uma diz que os companheiros de Paulo ouviram a voz, enquanto a outra diz que eles não a ouviram. A construção do verbo “ouvir” (akouo) não é a mesma nas duas narrativas. Em Atos 9:7, o verbo é usado no genitivo; em Atos 22:9, ele é usado no acusativo. A construção no genitivo expressa simplesmente que algo está sendo ouvido, ou que um determinado som alcança o ouvido, não indicando que a pessoa entenda ou não o que ouviu. Já, a construção no acusativo descreve uma compreensão mental no ato de ouvir a mensagem falada. A partir daí, torna-se evidente que as duas passagens não são contraditórias. (W. F. Arnt, “Does the Bible Contradicts Itself?” , pp. 13 e 14).

        Neste caso, Atos 22:9 não está negando que os companheiros de Paulo tenham ouvido a voz, mas apenas que não entenderam os sons que lhes chegavam aos ouvidos.

         Que o leitor investigue criteriosamente, por si mesmo, as narrativas da Bíblia. É tremendamente absurdo como algumas pessoas rejeitam a Palavra de Deus, focalizando uma “lista” de supostas contradições bíblicas. Contudo, quando apresentadas à evidência do milagre de como a Bíblia tem sobrevivido a todos os ataques, durante tantos séculos; de sua integridade e veracidade histórica, da evidência arqueológica, dos registros científicos, dos registros seculares corroborando a sua autenticidade e das centenas de profecias cumpridas, depressa, essas pessoas desviam os olhos...

        Quando a Bíblia é comparada, amplamente, com outros escritos históricos, as pessoas, obviamente, costumam usar dois pesos e duas medidas em matéria de crítica.  Devemos nos lembrar que “Deus não é Deus de confusão” (1 Coríntios 14:33). Deste modo, quando alguém chegar perto de você, amigo cristão,  mostrando uma suposta contradição na Bíblia, procure investigar o assunto, de boa vontade,  sob a luz do Espírito Santo, a fim de não cair nas mentiras insufladas pelo “deus deste século”.

3. - A Profecia Messiânica
         A profecia messiânica foi (e continuará sendo) totalmente cumprida na Pessoa de Jesus Cristo. Embora a maioria dos judeus não O tenha recebido como o Messias, muitos o fizeram e assim foi criado o ramo judaico, mais tarde conhecido como Cristianismo [conforme o Livro de Atos]. O Cristianismo tem sido embasado nos ensinos de Cristo e dos Seus apóstolos e no  cumprimento de muitas profecias do Velho Testamento. Ele (o Cristianismo) se espalhou rapidamente por todo o dominante Império Romano, já no século primeiro. Examine abaixo a fim de calcular se haveria a menor possibilidade de um único homem cumprir pelo menos uma pequena porção das específicas profecias relativas ao Messias de Israel, como aconteceu com o Messias Jesus Cristo. Ele disse aos caminhantes de Emaús, conforme Lucas 24:14: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos”.

         Os versos do Velho Testamento mostram a profecia, enquanto os do Novo Testamento apresentam o seu cumprimento. Vamos examinar:
  • Nascido de uma virgem (Isaías 7:14; Mateus 1:21-23)
  • Descendente de Abraão (Gênesis 12:1-3; 22:18; Mateus 1:1; Gálatas 3:16)
  • Da Tribo de Judá (Gênesis 49:10; Lucas 3:23, 33; Hebreus 7:14)
  • Da Casa de Davi (2 Samuel 7:12-16; Mateus 1:1)
  • Nascido em Belém (Miquéias 5:2, Mateus 2:1; Lucas 2:4-7)
  • Levado para o Egito (Oséias 11:1; Mateus 2:14-15)
  • A matança dos inocentes por Herodes (Jeremias 31:15; Mateus 2:16-18)
  • Ungido pelo Espírito Santo (Isaías 11:2; Mateus 3:16-17)
  • Anunciado pelo Mensageiro do Senhor (João Batista) (Isaías 40:3-5; Malaquias 3:1; Mateus 3:1-3)
  • Realizaria milagres (Isaías 35:5-6; Mateus 9:35)
  • Pregaria as Boas Novas (Isaías 61:1; Lucas 4:14-21)
  • Ministraria na Galiléia (Isaías 9:1; Mateus 4:12-16)
  • Purificaria o Templo (Malaquias 3:1; Mateus 21:12-13)
  • Iria Se apresentar como Rei, 173.880 dias, a partir do decreto da reconstrução de Jerusalém (Daniel 9:25; Mateus 21:4-11)
  • Entraria como um Rei em Jerusalém, montado num jumento  (Zacarias 9:9; Mateus 21:4-9)
  • Seria rejeitado pelos judeus (Salmo 118:22; I Pedro 2:7)
  • Sofreria uma morte humilhante (Salmo 22; Isaías 53) envolvendo:
    1. Rejeição (Isaías 53:3; João 1:10-11; 7:5,48)
    2. Traição por um amigo (Salmo 41:9; Lucas 22:3-4; João 13:18)
    3. Vendido por 30 moedas de prata (Zacarias 11:12; Mateus 26:14-15)
    4. Silenciaria diante dos Seus acusadores (Isaías 53:7; Mateus 27:12-14)
    5. Seria escarnecido (Salmo 22: 7-8; Mateus 27:31)
    6. Espancado (Isaías 52:14; Mateus 27:26)
    7. Cuspido (Isaías 50:6; Mateus 27:30)
    8. Teria os pés e as mãos perfurados (Salmo 22:16; Mateus 27:31)
    9. Seria crucificado entre ladrões (Isaías 53:12; Mateus 27:38)
    10. Oraria pelos Seus perseguidores (Isaías 53:12; Lucas 23:34)
    11. Teria o lado perfurado (Zacarias 12:10; João 19:34)
    12. Iriam dar fel e vinagre para Ele beber (Salmo 69:21, Mateus 27:34, Lucas 23:36)
    13. Nenhum osso dEle seria quebrado (Salmo 34:20; João 19:32-36)
    14. Sepultado na tumba de um rico (Isaías 53:9; Mateus 27:57-60)
    15. Seriam lançadas sortes pelas Suas vestes (Salmo 22:18; João 19:23-24)
  • Ressuscitaria dos mortos (Salmo 16:10; Marcos 16:6; Atos 2:31)
  • Ascenderia aos céus (Salmo 68:18; Atos 1:9)
  • Iria Se assentar à destra de Deus (Salmo 110:1; Hebreus 1:3).
Quais as peculiaridades do cumprimento das profecias divinas?
A profecia messiânica é assim tão poderosa  em razão das peculiaridades estatísticas, no sentido de que um único homem deveria cumprir cada uma delas. Se analisarmos apenas sete das profecias mais específicas do Velho Testamento, as quais foram cumpridas na Pessoa de Jesus Cristo, ficaremos espantados diante da impossibilidade estatística dessa realidade histórica. Quem quiser pode escolher as profecias com as suas próprias peculiaridades, pois o tremendo resultado será o mesmo.

O Desafio - A profecia messiânica é a mais fenomenal evidência de que a Bíblia é um LIVRO à parte de todos os outros “livros sagrados”. Encorajamos os leitores a que leiam as profecias do Velho Testamento, comparando o cumprimento das mesmas no Novo Testamento, conforme a lista acima.  Melhor ainda seria que o leitor apanhasse uma Tanak judaica  (a Escritura Judaica lida nas sinagogas dos judeus) e lesse as profecias messiânicas ali escritas. Quem fizer isso, quer seja judeu ou gentio, crente ou incrédulo, terá os olhos abertos à VERDADE que liberta da cegueira espiritual e do engodo religioso que tem grassado nas igrejas, conduzindo-as à APOSTASIA resultante da descrença na Divindade e exclusiva suficiência da Pessoa de Jesus Cristo.
Mary Schultze, 24-25/02/2009 -

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