O Natal dos Pólos

O Natal dos Pólos

“Professor, odeio o natal...”, foi o que me disse uma aluna de um colégio público da rede estadual de ensino, na qual acrescentou: “... ano passado meu tio foi preso, pois queria levar algum presente natalino pra família; desde pequena, algum parente meu é preso nesta data ou alguém do meu bairro é assassinado principalmente numa data de total embriaguez, o pior é ter que ficar longe de suas aulas que me são esclarecedoras...” Afirmo-vos veementemente que não chorei, quem me conhece sabe que não é meu feitio.

“Tio, eu queria que todos os dias fossem natal, pois é o único dia que vejo minha família tão ausente, presente. Todos me trazem presentes. Depois somem, até o próximo natal.” Relatou-me um aluno de um colégio de classe média da cidade.

Do primeiro natal até o atual, bem pouca coisa mudou. De um lado dos pólos haviam anjos cantando (Lucas 2:13,14), do outro um rei odiando e matando (Mateus 2:3,13,18). E tem permanecido sempre assim. Como educador e professor de História tenho que mostrar o caminho para ambos, mostrando a verdadeira história que muda definitivamente para melhor a nossa história; pois não precisa ficar preso a uma ansiedade vivencial natalícia uni - anual para vivenciar a verdadeira alegria, nem precisa antecipar-se em tom de caos profético, trazendo para uma existencialidade o inexistenciável e materializando o imaterial de uma premonição pavorosa e inequívoca.

O natal é bom desde que entendamos o seu verdadeiro sentido. Pois Deus presenteou a humanidade com aquilo que Ele tinha de melhor (Lucas 2:14); quem aceitar o presente divino, regozijar-se-á cotidianamente apesar das circunstâncias às vezes adversas da vida, isto é cantar juntamente com os anjos. Quem não aceita corre o risco de viver com questões de vivências existenciais inexplicáveis, e às vezes patologicamente irremediáveis. Isso é alto-vitimarem-se enquanto tentam preencher um vazio do tamanho do próprio Deus. Isso faz com que as pessoas tomem atitudes precipitadas como o rei Herodes o fez, o que ocasiona dor e perplexidades nas pessoas ao redor, como agora sofre a minha aluna.

Comprar, presentear, festejar é muito bom. Melhor ainda é ter o presente advindo de Deus dentro do coração, pois somente assim, será natal todos os dias, anjos cantando e Deus o seu pai se alegrando com a sua vida que poderá ser agora em 2013, um presente para outras vidas. Isso é, se o mundo não acabar Rssssss...

Obrigado pelo ano maravilhoso que todos vocês me proporcionaram. Oro por todos. Beijos mil e Feliz Natal.

Fabrício Ribeiro

“Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” Miquéias 7:18-19

“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?”          Isaías 53:1

“O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. “ Lucas 4:18-19