2 Coríntios 12:9

E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.2 Coríntios 12:9



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

E agora Caim? (Gênesis 4)

                                      E agora Caim? (Gênesis 4)


Confesso que há muito tempo não escrevo algo biblicamente inspirativo, o que ocasionou em diversos queixumes por parte daqueles que costumeiramente outrora, eu sempre lhes enviava alguma coisa ou outra. A verdade é que ultimamente estou muito meditativo e reflexivo, analisando as coisas através de uma perspectiva global: o coração, os anseios, as asneiras humanas inerentes ao ser do século 21.
Creio que Durante este período (curto), pude perceber que “nada há novo debaixo dos céus”.
A Bíblia relata que logo após Deus por sua benção e proteção sobre a vida de Caim (Gen 4:15), este se apressou e saiu da presença do Senhor. Este é o tipo de relação de que o homo “sapiens” deste século tem buscado cotidianamente. Vejo inúmeras pessoas se achegando à igreja do Deus vivo tão somente para serem “abençoadas”, sem saberem que a maior benção que o mortal pode ter, é a presença da imortalidade divina nele. Com isso, depois de conseguida a tal benção, este passa a ignorar a “amada” igreja, não mais voltando a ela, ou quando volta, volta aos pedaços. Martin Luther King disse certa vez: “Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo”.
O homem possui uma volúpia maior que a sua própria ignorância. Acha mesmo que pode resolver as situações adversas sozinho. Após Caim sair da presença e proteção do Altíssimo ele gerou um filho e pós o nome de Enoque, depois edificou uma cidade, talvez pensando que em baixo de um teto pudesse se esconder dos olhos daquele que tudo vê.  A sua descendência trouxe ao mundo inúmeras coisas indecentes. Foi entre os seus descendentes que surgiu o primeiro caso de poligamia da história (v. 19), pois Lameque (um homem mal), toma para si duas mulheres e gabando-se da sua fútil virilidade, um dia chama as duas e diz que matou dois homens, sendo que um desses ele matou por causa fútil, uma pisada no pé. Não é de estranhar que um dos seus filhos, Tubal-Caim, seja conhecido na história como o inventor de objetos cortantes que hoje conhecemos como lança, faca... (v. 22).
Após se engrandecer, Lameque zomba da graça de Deus (v. 24). Assim também vejo  a família nos dias atuais, os filhos estão se tornando cada vez mais reflexo dos pais; por isso, hoje, é preciso muito mais além do que somente pregar o evangelho, precisamos viver o evangelho. Não somente sairmos pregando feito loucos, entregando folhetos, bíblias, ensinando em uma EBD. Precisamos nos tornar a palavra viva, escrita e lida por todos (2 Cor 3: 2-3).
Em um  mundo cheio de discípulos de Caim, pois não falo só dos homicidas, falo muito mais daqueles que matam a fé de muitos por causa do seu tristemunho (proposital), ferem aos outros com palavras e nada fazem para auxiliar o necessitado. Precisamos urgentemente de Enos (v.26), pois após o nascimento desse menino, em uma sociedade pagã voltada para as festas mundanas e para a luxúria (v. 20,21), os homens começam a invocar o nome do Senhor. Simbolizando desde já para a humanidade o nascimento de Cristo.
A pior coisa que notei na genealogia de Caim (notem isso), é a grande diferença nas demais genealogias. Leiam o capítulo 5 de Gênesis, detalhar-vos-ei alguns trechos:
Foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos, e morreu (...), foram todos os dias de Sete novecentos e doze anos, e morreu (...), foram todos os dias de Enos novecentos e cinco anos, e morreu...”
Em Caim e sua descendência não fala NADA sobre quem viveu mais tempo, quem morreu nem quando; isso não quer dizer que eles continuam vivos, porém, que suas malignas influências se perpetuam pela história. A Bíblia não fala da morte de Caim, pois quem se afasta de Deus, já é um morto vivo. A morte espiritual lhe trás pesar e dói mais do que a morte física, todos os seus dias são pavores e dores, sem a certeza de vida eterna, sem paz, sem salvação. Para quem tem uma história com Deus, até a sua descendência é lembrada (Sl 112:2; 105:8). Pois para aqueles que estão ao pé da cruz não somente pelas bênçãos advindas dela, que é a morte senão a manifestação da sua bondade? O encontro definitivo e Real com o autor da vida.
Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida... nos poderá separar do AMOR de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8)
Se Cristo não voltar por esses dias para buscar a sua igreja, saiba a amada igreja que nós, a igreja, devemos a todo o momento estarmos prontos para voltarmos para Cristo, esta é a certeza que todos os homens possuem, portanto, quer na vida, quer na morte, devemos buscar de todas as formas e em todas as circunstâncias, glorificarmos o nome do Senhor. Devemos abandonar a tentação de Caim que se apressou a sair da presença do Senhor prejudicando toda a sua descendência; os dias são maus por isso, mais do que tudo, precisamos buscar a presença do Deus Altíssimo, para que àqueles que ainda não o servem, possam servi-Lo e glorificá-lo e agrade-Lo por causa de nossas vidas. Afinal, como anda o seu testemunho em casa, no trabalho, no local de ensino, dar-se-ia o caso de alguém estar glorificando-O por sua vida?
Para quem anda com Deus, até a morte tem registro, é o dia em que os anjos os acompanha até a casa celestial, pois até os fios de cabelos estão contados. Não é um dia de tristeza, pois o crente em Cristo entra definitivamente na sua pátria (1 Cor 2:9).
Fabrício Ribeiro

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